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O Brasil vai às Urnas

As campanhas eleitorais para presidente na TV e internet

As eleições brasileiras de 2018 desafiaram teorias e métodos dos campos de conhecimento da comunicação política e opinião pública. 

As eleições brasileiras de 2018 desafiaram teorias e métodos dos campos de conhecimento da comunicação política e opinião pública. A partir de meados de setembro, a vitória de Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2018 já me parecia previsível, afinal os números da intenção de voto no candidato do PSL iam crescendo paulatinamente a cada novo evento do mês: a) o ataque com faca a Bolsonaro; b) o lançamento oficial da candidatura de Fernando Haddad pelo PT, c) as declarações de apoio dos pastores Edir Macedo e Silas Malafaia e de suas igrejas Universal e Assembleia de Deus, respectivamente, à sua campanha. O surpreendente, no entanto, foi o efeito Bolsonaro nas disputas estaduais registrado nos últimos quatro ou cinco dias de campanha. Que uma liderança carismática na disputa presidencial alavanca voto para os aliados candidatos a outros cargos não é uma novidade na ciência política, mas nunca se tinha visto com tamanha velocidade e intensidade em tão pouco tempo. A campanha de Bolsonaro influenciou o voto em candidatos ao governo do estado e ao senado federal em Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais para mencionar apenas alguns casos mais gritantes. No Rio de Janeiro,  Wilson Witzel (PSC) contava com 9% de intenção de voto em pesquisa realizada nos dias 3 e 4 de outubro pelo Datafolha, no dia 7, venceu o primeiro turno com 41% dos votos, mais do dobro obtido pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (19,5%), que liderava a pesquisa de opinião por toda a campanha. Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) também tinha 9% de intenção de voto em pesquisa realizada nos dias 27 e 28 de setembro pelo Datafolha e venceu o primeiro turno com 42,73% dos votos contra o ex-governador Antônio Anastasia (29%). Foram movimentos de crescimento abrupto e rápido, impulsionados por associações com as campanhas de Jair Bolsonaro. O frenesi que alavancou tantos votos nos últimos dias da disputa só foi possível de acontecer porque vivemos uma realidade de forte polarização nas redes sociais, fenômeno chamado de “Cyberpolarization” por Sunstein (2017). No Brasil, ao menos quatro aspectos marcaram 2018: a) grande uso das mídias sociais, com destaque para o WhatsApp; b) forte discurso anti-sistema sob o lema “contra política velha” com foco em ativar e endurecer o anti-petismo; anti-peessedebismo; anti-peemedebismo, podendo ser feito uso de Fakenews; c) participação ativa de novos movimentos sociais à esquerda e à direita, ocupando ruas e espaços virtuais.  Esse livro dá conta desse novo fato.  

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