Mídia e Construções Identitárias
Processos Socioculturais
A presente coletânea tem a proposta de debater as intersecções entre mídia, construções identitárias e processos socioculturais, históricos e políticos relacionados. A seleção de autores e autoras foi feita a partir do entendimento de que na contemporaneidade estão acontecendo alguns processos importantes nos modos de construção das identidades; os quais, por sua vez, são representados na mídia e, assim, são fortalecidos ou enfraquecidos por ela, de acordo com os seus públicos. Assumimos o pressuposto, então, de que a mídia – em seus variados produtos e anunciantes –, representa versões das construções identitárias de seus públicos; as quais, por sua vez, são recepcionadas e “reconstruídos” por eles (leitores, ouvintes, telespectadores, etc.). O importante é que variáveis da construção identitária são representadas pela mídia, de acordo com o público a que se destinam, em textos verbais e não-verbais. A partir de então, há de se pensar na relação entre essa “reflexividade”, com os modos pelos quais os indivíduos passam a entender a si mesmos e aos outros em dada conjuntura. Individualmente, a autorreflexividade seria o mesmo que uma “narrativa do eu”; ou ainda, para Giddens (1993, p. 88, grifo nosso), “se o indivíduo quiser combinar autonomia pessoal com um sentido de segurança ontológica, a narrativa do eu tem de ser, na verdade, continuamente reelaborada, e a ela alinhadas as práticas do estilo de vida”.
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